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Ambos de minha autoria,
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terça-feira, 10 de abril de 2012

Os Famosos e as Causas Sociais

RETIRADO DO SITE ÉPOCA, DE WALCYR CARRASCO


Acabo de ler um artigo super interessante na revista New Yorker.
Fala sobre os famosos e seu engajamento em causas sociais. Nos Estados Unidos, famosos costumam contratar até consultoria para saber onde disponibilizar sua imagem e seu dinheiro para ajudar a quem precisa. Um exemplo é o de Angelina Jolie que hoje mantém, com Brad Pitt, uma fundação. Seu engajamento é sincero. Mas inicialmente, a participação em causas sociais ajudou a melhorar sua imagem. Por falta de orientação, Angelina quando mais jovem chegou a ficar em silêncio enquanto um namorado declarou, numa entrevista de TV, que haviam transado no carro a caminho do programa. Hoje isso seria impensável para a elegante senhora Brad Pitt. Aconselhada a melhorar a imagem, Angelina foi visitar os campos de refugiados do Camboja, encantou-se pela causa e tornou-se uma ativista social. Do ponto de vista do público, sua imagem melhorou, e como!
Recentemente, Ashton Kutcher chocou-se ao saber da exploração sexual de meninas, não só na Tailandia como no próprio Estados Unidos. Ele e outras celebridades, como Sean Penn protagonizaram comerciais onde, por exemplo, Penn fritava um hamburguer no ferro elétrico e Kutcher trocava meias usadas por novas, para não lavá-las. E vinha a pergunta: “Você compraria uma garota?”  A idéia era sensibilizar as pessoas para o problema.
Também é frequente ver idolos de Hollywood levantando fundos para causas sociais.
Aqui é bem mais raro. Estou cansado de ver nossos famosos posando com novos amores, falando de suas carreiras, se esbaldando em camarotes vips e até tomando sorvete na praia. Bem que gostaria de ver algumas de nossas atrizes visitando orfanatos, asilos de velhos. Faz falta, não?
Conheço  honrosas exceções. Uma é o Sérgio Marone, que se dedica a causas para melhorar (e salvar) o planeta. Seu foco tem sido a Ecologia, que é importante.
Agora o Otaviano Costa me surpreendeu. Está organizando um leilão beneficiente numa Casa Cor que vai acontecer em breve em Cuiabá. A renda é toda para obras sociais. Está captando objetos dos famosos: o Luciano Huck (que també gosta de causas sociais) já aderiu.
Eu também devo aderir. O Otaviano pediu um objeto da minha casa. Estou pensando em…bem, pintar um quadro. Não sei se vou conseguir. Bem que gostaria.
Mas só dôo se não ficar horrível!
Quem sabe iniciativas como essa não sejam um estúmulo para nossos famosos oferecerem o nome, a imagem e quem sabe, até uma graninha, para melhorar o mundo!

sexta-feira, 23 de março de 2012

Quando Thor encontrou Wanderson


tEXTO DE PAULO NOGUEIRA, RETIRADO DO SITE BRASIL 247.
THOR E WANDERSON




"Thor e Wanderson.
O resto são diferenças que jamais os levariam a se encontrar. Thor, 1%, para usar a expressão consagrada no protesto Ocupe Wall St, anda num carro de quase 3 milhões de reais, uma McLaren. As multas por excesso de velocidade que Thor recebeu no período “probatório”, em que o motorista é testado logo depois de receber carteira de motorista, deveriam tê-lo impedido de dirigir. Mas regras no Brasil não costumam ser aplicadas para o 1%. A família de Thor tem dinheiro e as conexões que isso traz: não há muito tempo, o governador do Estado tomou carona no helicóptero do pai de Thor, um homem cuja maior ambição não é ser o homem mais sábio do mundo, ou o mais feliz, ou o mais generoso — e sim o mais rico, um recordista de moedas.
Wanderson é o 99%. Bicicleta em vez de McLaren, e não por modismo ou por consciência ecológica. Simplesmente por necessidade. Feio por não ter a boniteza outorgada pelo dinheiro: não poderia comprar o corpo de jogador de rugby adquirido por Thor com duas horas de exercícios diárias, e nem as roupas, e nem os produtos de beleza. Pobre não pode aspirar a grandes feitos estéticos, e nem pequenos, para ser franco.
Contra todas as probabilidades, Thor e Wanderson, com suas vidas paralelas e opostas, acabaram se encontrando na noite de sábado, numa estrada. Foi um encontro rápido. Thor em sua McLaren e Wanderson em sua bicicleta. Thor mal viu Wanderson. Salvo em circunstâncias excepcionais, os 99% são invisíveis.
No final da reunião relâmpago, Wanderson estava em pedaços, destruído pela McLaren. A imprudência, segundo o pai de Thor, foi de Wanderson. Não há surpresa nisso porque no Brasil a culpa sempre foi dos 99%.
E agora Thor retoma sua vida de herdeiro enquanto Wanderson lentamente vai desaparecendo de nossas mentes e de nossas conversas até ser devolvido à miserável invisibilidade em que esteve imerso até o breve encontro de sábado à noite."

quarta-feira, 21 de março de 2012

Mito e Publicidade


Em 480 a.C. estava sendo construído o templo Partenon em Atenas, o maior e mais conhecido local de adoração dórico da época. Ali, estaria sendo inaugurada uma prática introdutória ao mito e consecutivamente a todas suas vertentes, as quais participaram cotidianamente na vida das pessoas e servem de base para viver nossa atual realidade. Ou fugir dela.
A crença do indivíduo na mitologia foi concebida por uma necessidade de fuga do real, que foi popularizada através do que em propaganda é chamado de agulha hipodérmica. A dinamização das ideias contidas nos mitos, fez com que estes se tornassem uma ferramenta essencial para a sobrevivência da atual sociedade.
A propaganda propicia o surgimento e a consolidação de uma mitologia em um contexto social, pois os heróis, celebridades e os arquétipos contemplados só surgem após o efeito propagandista de divulgação e identificação do indivíduo para com o “astro”. Logo, com mitos sustentados e criados agindo na sociedade, o recurso da propaganda torna-se indispensável e essencial para a atual sobrevivência, tal como sua criadora: a mitologia.   




terça-feira, 6 de março de 2012

Pô Men's Health

Recentemente li uma matéria da revista Men's Health e os dados contidos ali me chamaram um pouco a atenção... [matéria]
A matéria era sobre 41 coisas insuportáveis das melhores coisas do mundo, tinha um tom cômico voltado ao público alvo e claramente machista. Ok.
Mas um item destes 41 realmente me tirou do sério: 32 – Mentir sobre traição
Mentir sobre traição, está aí uma coisa que pra mim não é uma das mais insuportáveis dentro das melhores, quer dizer que trair é uma das melhores coisas do mundo ?
Han ?
Eu gostaria que as esposas dos editores da revista abrissem o olho de vez, eu penso que se os homens traem mais que as mulheres não era pra influenciar essa atitude em um veículo voltado ao público masculino.
A ética morreu e vai ser difícil achá-la desse jeito! Sinceramente, quero essa revista bem longe daqui. Não são estes valores que estou acostumado a cultivar e não esperava ler esse tipo de coisa numa revista "famosa" e tampouco barata. Pagar caro pra ler bobagem ? Aí eu compro Veja.


Até mais,

terça-feira, 21 de fevereiro de 2012

Marginal na Marginal

A errata ao título foi devido respeito aos demais torcedores da escola e do time, mas que não estavam lá.

Que espetáculo mais baixo foi a apuração das escolas de samba de São Paulo, nos mostra o quanto a evolução tecnológica chega acompanhada de uma falta de respeito perante uma sociedade imatura e leviana.
Torcedores de diversas escolas provaram hoje, numa simples apuração de notas, o porquê nosso IDH é baixo. Eles nos provaram que o carnaval poderia ser mais baixo do que já era.

Torcedor do Império de Casa Verde

Torcedores rasgaram as notas, quebraram as cercas metálicas e amassaram barreiras de proteções, como se aquilo tudo não fosse imposto, se é que eles pagam.
A torcida do Corinthians que é representada pela Gaviões da Fiel ficou unida do início ao fim.
Sim, pois o início foi rasgar as notas e o fim por enquanto é percorrer a Marginal Tietê depredando tudo o que aparece pela frente! Que vergonha pessoal! A torcida consegue honrar a fama de vândalos que eles mesmo adquirem e se orgulham do título. 


E depois a sociedade está sendo preconceituosa ?
Eles são chamados e agem como bandidos, claro que não estou generalizando, mas existe uma boa parcela da torcida envolvida com o carnaval e essa mesma parcela participou da destruição do local de apuração. Somos capazes de votar, torcer e realizar outras tarefas sem o vandalismo primitivo visto na televisão, somos capazes de mostrar que não é o dinheiro quem faz o caráter, mas as atitudes do dia a dia. Com esses atos, apenas reforçamos a ideia de que quanto mais pobre, menos intelecto e menos razões pra investir nessa classe social! A população se auto prejudica com acontecimentos como o de hoje. Está na hora de parar e pensar. Chegar em casa e analisar. E tentar mudar.
São momentos de reflexão que permearão a mente dos agressores (ou não) depois de hoje, mas quero que saibam que a fase de errar e tentar de novo já se foi, pois vivemos em um grupo social com regras, leis e limites, os quais eles não são muito adeptos.

O importante é ser fevereiro

O texto abaixo foi produzido por Jaciara Santos, em 15 de Fevereiro de 2012 às 19:41 e retirado do site Brasil 247


O importante é ser fevereiro
por Jaciara Santos,


"Numa rara situação em que num jogo todos saem perdendo, a greve da Polícia Militar do Estado da Bahia acabou de forma melancólica neste sábado (11) à noite, numa assembleia em que o sentimento predominante era o de desgaste, cansaço e revolta. Mesmo havendo perdas e danos generalizados, os contendores preferem minimizar os estragos, supervalorizando um ou outro ganho relativo que tenha obtido. O governo nos níveis federal e estadual, por exemplo, pode até contabilizar o encerramento da greve como uma vitória, mas sabe que não é bem assim. Os grevistas podem até querer comemorar o fato de ter forçado o governo a se posicionar em relação à questão salarial, mas sabem que não há o que festejar. Já a sociedade, que ficou encurralada e presa do medo durante 12 dias, que ganho pode ter auferido? Ah, a suspensão do movimento se deu em nome da paz social. Pois sim!
Na coluna de perdas, vai a demonstração de inflexibilidade de um governo que se diz democrático. Afinal, usar cães contra o povo (ali representado por um deputado estadual) não é exatamente a melhor das fotografias para a posteridade. E o que dizer do emprego de métodos tão condenados em outros governos como o uso de grampos (legais e ilegais) contra cidadãos que apenas cumpriam seu mister profissional como jornalistas e advogados?
Também na contabilidade de perdas, os grevistas têm muito a somar. O conceito da PMBA perante a sociedade nunca mais será o mesmo. E não se está falando do fabuloso índice de homicídios registrado em Salvador ao longo do movimento (172, segundo estatísticas oficiais) mas sobre a ação de pessoas doentes, sádicas, que mataram pelo simples prazer de matar. Na greve de 2001, uma imagem ficou por muito tempo gravada na minha mente: a de um adolescente que foi morto no bairro do IAPI, atrás da sede do antigo bloco Selakuatro e que teve todas as unhas arrancadas. Do mesmo modo, agora, em 2102, a cena que atormenta minhas noites envolve uma mãe assassinada enquanto amamentava seu bebê, no centro da cidade. Teria sido obra de PM? Nunca irá se saber, apesar de o Estado fazer questão de depositar na conta da greve todos os atos insanos consumados no período. Como se livrar dessa pecha? A leitura que hoje a sociedade faz é a de que uma polícia que mata mendigos em tempo ou não de greve (guerra?) não é uma polícia que mereça respeito, mas que infunde o medo.
E quanto à sociedade? Será que o fim da greve representa o retorno à normalidade? De que normalidade se está falando? A tropa mostrou com toda a força que está insatisfeita. Uma greve não eclode do nada, apesar de nossos governantes assumirem a postura do marido traído e dizerem que foram surpreendidos com a paralisação. Marcos Prisco, o incendiário presidente da associação que comandou a greve, não apareceu de repente. Ele é uma pedra no sapato da PMBA, desde que participou da greve de 2001, segundo ele, com o apoio do partido que hoje está no poder. Os métodos do ex-soldado são conhecidos, não há porque agora o governo estadual dizer “eu não sabia”. É fato que os sinais de fumaça não apareceram agora, de repente. Como fogo de monturo, a caserna vem se mostrando incomodada há muito, muito tempo. Ou já esquecemos do movimento Polícia Legal?… Bom, diante da insatisfação permanente da tropa, como o cidadão pode se sentir seguro com o retorno dos policiais militares aos seus postos de trabalho? Eles irão mesmo trabalhar ou apenas querem se precaver de punições como o corte de ponto?
Policiais e comando da PMBA dizem que vão continuar negociando. Negociando o que? Se os pontos que prolongaram a greve (pagamento da gratificação de atividade policial em março e anistia aos líderes grevistas) são considerados inegociáveis? São respostas que a sociedade merece ouvir, sob pena de se sentir lesada em seu seu direito à verdade.
Bom, no perde-perde real e no suposto ganha-ganha da greve, os dois lados da contenda podem contabilizar como vitória o fato de ambos terem marcado posição. A sociedade não pode dizer o mesmo, pois ficou apenas com as perdas. Há quem diga que o ganho da sociedade estaria na realização do Carnaval, que chegou a sofrer ameaça de comprometimento caso perdurasse o momvimento. Ah, mas de que sociedade esatamos falando? Certamente não é do cidadão que mora em Salvador e convive com a violência cotidiana e o desrespeito aos seus mais elementares direito. A sociedade que saiu ganhando é aquela que vive na cidade do carnaval, um lugar de sonhos, onde só há beleza e feito para turista ver. A efêmera terra dos blocos carnavalescos, das agências de turismo, dos camarotes, dos bares e hotéis, das empresas de aviação, das cervejarias e das redes de televisão. Para essa sociedade, pouco importam as mazelas da população real, como na antiga musiquinha carnavalesca, “o importante é ser fevereiro e ter carnaval para a gente sambar’. Até a próxima crise."

segunda-feira, 20 de fevereiro de 2012

Carnaval no interior

O mesmo carnaval aconteceu no final de semana em Campinas e Paulínia.
Há uma diferença entre os eventos da capital e do interior, a de que não é preciso esbanjar luxúria e fugir dos limites sem necessidade.
O dinheiro gasto com os eventos no interior são infinitas vezes menor do que São Paulo ou Rio de Janeiro. A mesma festa e a mesma diversão.


É possível observar a comunidade envolvida diretamente com a festa e não de faixada esperando que alguma celebridade apareça e lhe mostre que o carnaval é censitário, assim como o direito de se divertir.